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Opinião: Lourenço Pinto e seus acólitos e o receio da mudança


Por: Paulo Almeida Galvão

«Com o novo regime jurídico das federações,  o poder de decisão estendeu-se por terrenos nunca pisados pela AFP e claro isso deixou-os assustados. A democracia causa-lhes urticária. Porque será?»





A relutância de Lourenço Pinto e seus acólitos em deixar a direcção da AF Porto só está a contribuir para o definhamento do futebol do nosso distrito. Nada de novo e de relevante foi acrescentado, a não ser os casos mediáticos que nos últimos anos têm manchado o futebol da nossa região e tudo isto nas barbas da associação, que não reage, outras vezes cala e consente e toma decisões que surgem num timing completamente desajustado.

A AF Porto, que é a maior do país em termos de filiados, aproveita da pior forma os seus recursos e não obstante adopta os maus exemplos que são dados por um daqueles Estados decadentes, que muitas vezes ouvimos falar na política ocidental. Basta ver a forma "pidesca" como a AF Porto anda a sacar o dinheiro aos seus filiados, com demasiadas taxas e "taxinhas", multas disto e daquilo, abusam sem dó e piedade do esforço financeiro dos clubes que aos olhos da AF Porto são equiparados a um "zé povinho" que paga e não bufa.

À excepção dos clubes profissionais,  a AF Porto trata os restantes como se fossem da "ralé". E não faltam exemplos desse Elitismo bafiento, a fazer lembrar o tempo do "Botas", levado a cabo por quem dirige a associação. O exemplo mais gritante aconteceu no sorteio dos campeonatos da Divisão de Elite e de Honra onde um dirigente da AFP se dirigiu, num tom jocoso, a um membro de um clube da distrital dizendo:"Você parece o padre da minha aldeia".  E assim continuou o "idiota" da AFP, passando todo o sorteio com aquela arrogância de quem se julga dono da plebe.

Isto é permitido porque o campo está minado para que a actual AF Porto abuse da sua autoridade a seu bel-prazer. Os clubes estão insatisfeitos da forma como são tratados pela associação e pelo rumo dos acontecimentos dos últimos anos. Barafustam nas redes sociais, na imprensa, nos cafés mas não se organizam para discutir uma alternativa, não vão às assembleia de clubes, ou se vão, não propõem medidas ou soluções. 

Quem ganha naturalmente com esta passividade dos clubes é a própria AF Porto, que assim pode continuar com os seus ditames do "posso, quero e mando".  Aliás, a associação ajuda nesse panorama e mina o campo à sua volta para se perpetuar no poder.  Lourenço Pinto está no seu último mandato mas se calhar ninguém sabe quando termina. No site da AF Porto não existe qualquer referência aos mandatos, o regulamento eleitoral não pode ser consultado e muito menos disponibilizam ao público os estatutos da associação. Está-se a alimentar a ideia de "partido único" no modelo de gestão da AF Porto e tudo isto não é inocente.

Há uns anos, Lourenço Pinto e seus acólitos insurgiram-se contra o novo regime jurídico das federações isto porque tirava muito poder de decisão às Associações de Futebol, ficando, por exemplo, as associações de árbitros, de treinadores ou até mesmo o Sindicato de Jogadores com maior poder de voto. O poder de decisão estendeu-se por terrenos nunca pisados pela AFP e claro deixou-os assustados. A democracia causa-lhes urticária. Porque será?


Contacto: pauloalmeidagalvao@sapo.pt

2 comentários:

  1. Lourenço Pinto e do pior que há no nosso Futebol mas e o que temos .

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  2. Lourenço Pinto e do pior que há no nosso Futebol mas e o que temos .

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