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Rui Cunha:«As pessoas de Avintes, o clube, os jogadores têm uma ambição muito grande»


Rui Cunha, treinador do FC Avintes, foi o convidado especial do programa "Futebol D'Ouro",  apresentado por Pedro Gonçalves que foi transmitido na passada segunda-feira à noite, na NTV Gondomar FM. O jovem treinador falou acerca da sua experiência inédita na Elite e abordou o percurso da sua equipa nas primeiras jornadas.

Após vários anos aos serviço do Alfenense, Rui Cunha optou esta temporada por dar um salto na sua carreira abraçando o projecto do FC Avintes. O treinador chega pela primeira vez à Divisão de Elite com "muita ambição e muita vontade de fazer crescer" o clube e de o manter onde "merece estar".

«O Avintes é um clube que me apaixonou desde o primeiro momento. É um clube com uma mística tremenda, com pessoas apaixonadas. Fiquei seduzido e ligado aquele clube 24 horas por dia», revela Rui Cunha.

O trabalho do técnico anterior, João Ferreira, foi enaltecido por Rui Cunha e que por isso admitiu ter em suas mãos uma "herança pesada":

«Sinto na pele a dificuldade em entrar num clube que no ano passado fez algo extraordinário.  Não é fácil chegar a um clube com ideias novas, com um estilo eventualmente diferente do anterior, mas, sobretudo, com uma ideia de jogo, e uma proposta de futebol um pouco diferente também. Incutir essas mudanças e esse ADN muito próprio e que me persegue e do qual acredito que pode dar os seus frutos...Não é fácil essa mudança tão repentina mas aos poucos e com calma a classificação vai-nos colocando em lugares próximos daquilo que eu gostaria. Acho que estamos a ter um inicio positivo, agora, as pessoas de Avintes, o clube, os jogadores têm uma ambição muito grande. Há que fazer o nosso caminho», remata.

«Derrota com o Infesta foi  um erro técnico do treinador»

O treinador do Avintes, actual sexto classificado da Série 1 da Elite, elogiou o "esforço" da direcção que durante o defeso conseguiu corresponder aos desejos da equipa técnica na aquisição de novos jogadores. Rui Cunha refere ainda que o plantel dá garantias de fazer "uma época tranquila", permitindo  respirar dentro do balneário "um clima de grande ambição".

«Houve um cuidado aquando do convite de que havia uma base que, por uma questão de inteligência e de qualidade, que não se podia mexer.  Uma base com muita experiência e veterania e sobretudo de qualidade», acrescenta Rui Cunha.

Questionado acerca do objectivo do plantel para a presente temporada, o treinador optou por um discurso cauteloso:

«Objectivo meu e dos jogadores será proporcionar às pessoas de Avintes um grande espectáculo de futebol. Essa é uma medalha que eu quero conquistar, imbui-los desse espírito e aliar isso às vitórias. Há uma mensagem de tranquilidade por parte da direcção de não nos pôr qualquer tipo de pressão».

O FC Avintes começou bem o campeonato e chegou mesmo a liderar à 4ª jornada. Porém, a equipa acabou por tropeçar à 5ª jornada, diante do Infesta, e à 7ª jornada, na casa do Pedrouços. Duas derrotas que na perspectiva de Rui Cunha a equipa não poderia ter sofrido.

«A derrota com o Infesta foi claramente um erro técnico do treinador e assumi isso perante os jogadores, por causa de uma estratégia que não resultou. A derrota em Pedrouços, em que estávamos a ganhar 2-0 ao intervalo, é de facto inexplicável. O jogo seguinte, diante do SC Rio Tinto, começou a ser ganho nessa segunda-feira (um dia depois de Pedrouços). O grupo mostrou do que é feito», finalizou.

Henrique Daniel Silva




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